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Variação do PIB Piauiense é a sexta melhor do País
14/11/2008 - 00:13:09  
  
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Governador Welligton Dias, Sergio Miranda e Oscar de Barros

Avaliação das Contas Regionais do Piauí 2003-2006

 

 

O Produto Interno Bruto (PIB) do Piauí em 2006 teve variação real da ordem de 6,1%, foi o terceiro maior crescimento do Nordeste e ficou entre as seis Unidades da Federação que mais cresceram, tendo seu crescimento suplantado apenas pelos Estados do Ceará (8%), Espírito Santo (7,7%), Pará (7,1%), Paraíba (6,7%), e Roraima (6,3%). No mesmo período o PIB do Brasil cresceu 4% e o do Nordeste, 4,8%.

Ao analisarmos a produção de bens e serviços em 2006, constata-se que a taxa de crescimento real do Estado de 6,1% foi impulsionada, sobretudo pelas atividades de Comércio, Construção, e Intermediação Financeira.

 

Tabela 1 - Composição do Produto Interno Bruto do Brasil a preços de mercado corrente

E variação real, segundo as Grandes Regiões e Unidades da Federação - 2006.

 

 

 

 

 

Grandes Regiões
e
Unidades da Federação

Valor (R$1 000 000 )

Valor adicionado
 bruto a preço
 básico corrente
 (+)

Impostos
 sobre produtos, líquidos de subsídios (+)

Produto interno
bruto a preço de mercado corrente

Variação real
anual                             2006 / 2005                   (%)

          Brasil

 2 034 734

  335 063

 2 369 797

4,0

     Norte

  105 718

  14 296

  120 014

4,8

Rondônia

  11 550

  1 560

  13 110

3,6

Acre

  4 388

   447

  4 835

5,4

Amazonas

  32 986

  6 180

  39 166

2,6

Roraima

  3 382

   278

  3 660

6,3

Pará

  39 835

  4 541

  44 376

7,1

Amapá

  4 898

   362

  5 260

5,8

Tocantins

  8 680

   927

  9 607

3,1

     Nordeste

  271 422

  39 753

  311 175

4,8

Maranhão

  25 706

  2 915

  28 621

5,0

Piauí

  11 387

  1 403

  12 790

6,1

Ceará

  40 597

  5 713

  46 310

8,0

Rio Grande do Norte

  18 042

  2 515

  20 557

4,8

Paraíba

  17 877

  2 076

  19 953

6,7

Pernambuco

  47 662

  7 843

  55 505

5,1

Alagoas

  14 117

  1 636

  15 753

4,4

Sergipe

  13 492

  1 634

  15 126

4,1

Bahia

  82 541

  14 018

  96 559

2,7

     Sudeste

 1 138 641

  206 869

 1 345 510

4,1

Minas Gerais

  187 647

  27 166

  214 814

3,9

Espírito Santo

  42 649

  10 133

  52 782

7,7

Rio de Janeiro

  233 814

  41 549

  275 363

4,0

São Paulo

  674 530

  128 022

  802 552

4,0

     Sul

  336 828

  49 909

  386 737

3,3

Paraná

  119 588

  17 093

  136 681

2,0

Santa Catarina

  81 572

  11 601

  93 173

2,6

Rio Grande do Sul

  135 668

  21 214

  156 883

4,7

     Centro-Oeste

  182 125

  24 236

  206 361

2,8

Mato Grosso do Sul

  20 716

  3 639

  24 355

5,2

Mato Grosso

  30 993

  4 291

  35 284

-4,6

Goiás

  50 344

  6 747

  57 091

3,1

Distrito Federal

  80 071

  9 559

  89 630

5,4

 

 

 

 

 

      Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais, Contas Regionais do Brasil 2005 /Fundação CEPRO.

  

        O Produto Interno Bruto-PIB do Piauí a preço de mercado corrente atingiu o montante de R$12.790 bilhões, contra R$11.129 bilhões em 2005, representando 0,54% do PIB do Brasil. Em 2002, início da Nova Base, o Piauí representava 0,50% do PIB brasileiro. Em 2006 a participação Estadual passou a ser 0,54%, o crescimento de 0,04% representa a cifra de R$ 813,89 milhões.

         A soma das participações dos sete maiores Estados na economia brasileira (região sudeste e sul) atingiu 73,1% do total do PIB do país. Em 2003 essa participação era praticamente a mesma (73,6%), o dado evidencia a concentração de renda no país, pois ficam apenas 26,9% da riqueza gerada em 2006 para ser rateada por 20 Unidades da Federação que concentram uma população de 79.900.604 habitantes.

A variação real do PIB Estadual acumulada no período 2003-2006 foi de 16,9% (2004/2003−6,3%; 2005/2004−4,5%; e 2006/2005−6,1%), o que representa uma taxa média de crescimento de 5,6%. No mesmo período o Brasil cresceu a uma taxa média de 4,3% e o Nordeste, 5,3%.

                 A renda per capita estadual em 2006 foi de R$4.213,00, enquanto a do Brasil no mesmo período foi de R$12.688,00 e a do Nordeste, R$6.029,00. Apesar de ainda permanecermos em última posição no ranking da renda per capita do país, hoje ela representa 70% da renda do Nordeste (65% em 2002) e 33% da renda do país (30% em 2002). Se observarmos as seis menores rendas per capita do país constatamos que todas estão no Nordeste (Piauí, Maranhão, Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Ceará). Não significa que estas economias sejam as menores do país, é preciso ter-se em mente que são Estados que possuem um grande contingente populacional. Em 2006, 27,63% da população brasileira estava no Nordeste e a região representava apenas 13,1% do PIB brasileiro.

 

 

 

Tabela 2 − Produto Interno Bruto per capita do Brasil,

Segundo as Grandes Regiões e Unidades da Federação − 2002 – 2005

 

Grandes Regiões
e
Unidades da Federação

Produto Interno Bruto per capita (1 R$)

2003

2004

2005

2006

               Brasil

  9 498

  10 692

  11 658

  12 688

          Norte

 5 780

 6 680

 7 241

 7 989

Rondônia

 6 594

 7 209

 8 396

 8 391

Acre

 5 278

 6 251

 6 694

 7 041

Amazonas

 8 100

 9 658

 10 318

 11 829

Roraima

 7 455

 7 361

 8 125

 9 075

Pará

 4 448

 5 192

 5 612

 6 241

Amapá

 6 220

 7 026

 7 335

 8 543

Tocantins

 5 784

 6 556

 6 939

 7 210

          Nordeste

 4 355

 4 899

 5 499

 6 029

Maranhão

 3 112

 3 588

 4 151

 4 628

Piauí

 2 978

 3 297

 3 701

 4 213

Ceará

 4 145

 4 622

 5 055

 5 636

Rio Grande do Norte

 4 626

 5 260

 5 950

 6 754

Paraíba

 3 998

 4 210

 4 691

 5 507

Pernambuco

 4 774

 5 287

 5 933

 6 528

Alagoas

 3 805

 4 324

 4 688

 5 164

Sergipe

 5 718

 6 289

 6 824

 7 560

Bahia

 5 031

 5 780

 6 581

 6 922

          Sudeste

 12 424

 14 009

 15 469

 16 912

Minas Gerais

 7 937

 9 336

 10 014

 11 028

Espírito Santo

 9 425

 11 998

 13 855

 15 236

Rio de Janeiro

 12 514

 14 664

 16 057

 17 695

São Paulo

 14 788

 16 158

 17 976

 19 548

          Sul

 11 440

 12 677

 13 206

 14 162

Paraná

 10 935

 12 080

 12 344

 13 158

Santa Catarina

 11 764

 13 403

 14 543

 15 638

Rio Grande do Sul

 11 742

 12 850

 13 298

 14 310

          Centro-Oeste

 12 228

 13 846

 14 606

 15 551

Mato Grosso do Sul

 8 772

 9 461

 9 561

 10 599

Mato Grosso

 10 347

 13 445

 13 365

 12 350

Goiás

 7 937

 8 718

 8 992

 9 962

Distrito Federal

 28 282

 30 991

 34 515

 37 600

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais/Fundação CEPRO.

 

Os setores econômicos que mais agregaram valores ao PIB Estadual em 2006 foram: Serviços (8.374 bilhões); seguido do Setor Industrial (1.931 bilhões); e do Setor Agropecuário (1.082 bilhão).

 

  

 

.

Agropecuária

A Agricultura teve variação positiva da ordem de 6,35%, particularmente devido ao desempenho da lavoura permanente, sendo verificado crescimentos expressivos na quantidade produzida de castanha de caju que cresceu em 2006, 71%.

O destaque das culturas temporárias ficou por conta da produção de grãos, sobretudo o feijão que cresceu 41%, e a mandioca 33%. A soja que é o principal produto da pauta de exportações do Estado reduziu sua produção em 34%, este desempenho é bastante influenciado pelos preços do produto que são tabelados por mercados internacionais e experimentaram retração em 2006. O desempenho da soja influenciou significativamente na redução da participação da agricultura na economia piauiense (5,48% em 2006, contra 7,29% em 2003).

A pecuária manteve-se praticamente estável (crescimento de 0,009%).

 

Indústria

A Construção Civil em 2006 experimentou crescimento da ordem de 13,37% motivado principalmente pelo processo de verticalização da capital Teresina, associado à construção de estradas pelo Governo do Estado que interligou várias pequenas cidades às estradas federais.

                 A Indústria de Transformação assinalou crescimento de 2,95%. Do valor adicionado à economia pela atividade em 2006, mais de 80% é setor industrial formal que experimentou crescimento de 5%.

A atividade Extrativa Mineral, também se expandiu em 2006, 10,33%, porém pesa muito pouco no contexto da economia do Estado (0,13%).

A Atividade de Serviços Industriais de Utilidade Pública − SIUP, cresceu em 2006, 2,13%. Praticamente as taxas de crescimentos do volume da produção, da geração e da distribuição de energia e água foram as mesmas.

 

Serviços

Em 2006 ocorreu um crescimento generalizado das atividades que compõem o Setor Serviços, com variações positivas em dez das 11 atividades para as quais o trabalho apresenta resultados. O setor ganhou participação no Valor Adicionado ‘a economia do Estado passando de 71,56% de participação em 2005 para 73,54% em 2006.

  O Comércio registrou uma variação expressiva (16,18%), influenciado fortemente pelo desempenho do setor informal (Conta Própria) que representa mais de 30% do Comércio do Estado e experimentou no período crescimento da ordem de 31%, este bom desempenho foi acompanhado de perto pelas vendas de veículos, motocicletas e peças que cresceram em 2006, 23% e representa em torno de 10% do Comércio do Piauí. O crescimento deste segmento foi motivado principalmente pela disponibilidade de crédito para os consumidores; o segmento de vendas de produtos alimentares cresceu 10% no ano de 2006, em função da melhoria na renda do trabalhador, principalmente em face das transferências de renda feitas pelo governo federal. Segundo a Pesquisa Mensal do Comércio - PMC do IBGE, o comércio varejista do Estado como um todo cresceu em 2006 19,18%, índice superior ao do Brasil (6,45%), sendo considerado o segundo melhor crescimento do Nordeste.

        O crescimento do Setor Financeiro (13,20%) está muito associado ao desempenho do conjunto das atividades produtivas (agropecuária, comércio, indústria, etc.) que sempre utilizam o mercado financeiro para efetuar depósitos e aplicações, bem como tomar empréstimos para impulsionar suas atividades produtivas. O desempenho da atividade foi em grande parte motivada pelo aumento do volume na oferta de crédito.

             Os Serviços Prestados às Empresas obtiveram crescimento de 6,52%. Esta foi uma das atividades que mais adquiriram importância, não apenas na economia brasileira, mas também no cenário econômico mundial. O crescimento dos custos dos serviços foi um fator de importante estímulo à terceirização, na medida em que gerou pressões sobre os custos das empresas, pressionando-as a substituírem a produção dentro da própria atividade por encomendas a terceiros.

             Nesse sentido o processo de terceirização avança velozmente, não apenas nas tradicionais tarefas de limpeza e segurança, passando a ser, com grande intensidade, componente primordial nas áreas especializadas de produção. 

       As Atividades Imobiliárias e Aluguéis registraram crescimento de 1,97%. Também são estimados por esta atividade, além das Atividades Imobiliárias que se dedicam à compra, venda e administração de imóveis, os serviços de aluguéis de veículos, máquinas, equipamentos e objetos de uso pessoal.

 

Tabela 3

Variação do Volume do Valor Adicionado do PIB do Piauí por Atividade Econômica 2006/2005

 

Setores

%

Agricultura

6,35

Pecuária e Pesca

0,009

Extrativa Mineral

10,33

Indústria de Transformação

2,95

Indústria da Construção Civil

13,37

SIUP

2,13

Comércio

16,18

Alojamento e Alimentação

9,84

Transporte

2,83

Informação

0,62

Financeiro

13,20

Serviços Prestados às Famílias

1,15

Serviços Prestados às Empresas

6,52

Aluguel

1,97

Administração Pública

1,09

Saúde e Educação Mercantil

0,03

Serviços Domésticos

-1,72

Fonte: IBGE/CEPRO

 

A Atividade de Transporte experimentou crescimento de 2,83% , o destaque ficou para o Transporte Aéreo, que cresceu em 2006, 14%.

As atividades de Alojamento e Alimentação juntas cresceram 9,84%, sendo que o Alojamento experimentou crescimento de 20%.

A Administração Pública em 2006 cresceu 1,09%, e participou com 26,52% do Valor Adicionado à Economia.

A atividade de Saúde e Educação Mercantil praticamente manteve-se estável (crescimento de 0,03%).

O desempenho da Atividade de Informação − que incorpora as atividades de telefonia, atividades cinematográficas e vídeo, atividades de rádio e televisão, atividades de informática e serviços relacionados em 2006 − experimentou pequeno crescimento de 0,62%, em função principalmente da telefonia móvel que no período cresceu 5%.

Os Serviços Prestados às Famílias registraram crescimento de 1,15%. O componente de informalidade desta atividade é muito alto, e em 2006 esse segmento registrou crescimento de 3%.

Serviços Domésticos experimentou retração de 1,72% no volume da atividade

 

Tabela 4 − Participação das Atividades Econômicas no Valor Adicionado Bruto,

Piauí − 2003-2006

 

ATIVIDADES

2003

2004

2005

2006

               Total

100,0

100,0

100,0

100,0

Agricultura, Silvicultura e Exploração Florestal

7,29

7,44

6,48

5,48

Pecuária e Pesca

6,12

5,25

4,92

4,03

Indústria Extrativa Mineral

0,16

0,14

0,14

0,13

Indústria de Transformação

7,56

6,45

7,05

7,17

Construção

4,33

5,69

5,52

5,50

Produção e Distribuição de Eletricidade e Gás, Água, Esgoto e Limpeza Urbana

3,37

4,44

4,33

4,15

Comércio e Serviços de Manutenção e Reparação

14,76

14,16

15,51

18,70

Serviços de Alojamento e Alimentação

1,11

0,91

1,30

1,45

Transportes, Armazenagem e Correio

3,14

3,80

3,9

3,48

Serviços de Informação

2,99

3,26

3,07

2,76

Intermediação Financeira, Seguros e Previdência Complementar

3,70

3,38

3,86

3,80

Serviços Prestados às Famílias e Associativos

2,00

2,08

2,29

2,34

Serviços Prestados às Empresas

2,06

2,47

1,81

1,80

Atividades Imobiliárias e Aluguel

10,49

10,16

9,91

9,16

Administração, Saúde e Educação Públicas

26,96

26,49

26,48

26,52

Saúde e Educação Mercantis

2,24

2,06

1,67

1,84

Serviços Domésticos

1,73

1,82

1,76

1,69

Fonte: IBGE/CEPRO

 

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