INFORMAÇÕES E SERVIÇOS PARA O CIDADÃO
Superintendência CEPRO
Retrospectiva 2017
02/01/2018 - 12:40  
  
Twitter 
Google+ 
Antonio José Medeiros no lançamento do PIB

A Fundação Centro de Pesquisas Econômicas e Sociais do Piauí – CEPRO – que trabalha com o desenvolvimento de estudos e pesquisas que visam o desenvolvimento do Estado do Piauí apresentou, ainda no começo de 2017, o Índice de Desenvolvimento Humano – IDHM, dos municípios do Piauí, por território de desenvolvimento.

O estudo viabilizou a comparação entre os municípios ao longo do tempo (1991/2000/2010), destacando suas semelhanças e diferenças, além de ter estimulado os gestores de políticas públicas municipais a priorizar a melhoria de vida das pessoas em suas ações e decisões.

Segundo o presidente da CEPRO, Antonio José Medeiros, há duas décadas o IDHM se afirmou como um indicador bastante significativo, porque além de incorporar a dimensão do crescimento econômico, incorpora duas outras dimensões, a educação e a saúde, como os setores que mais refletem o bem-estar social de uma comunidade. “É muito importante fazer um acompanhamento, não só como diagnóstico da situação, mas também como um subsídio para se direcionar e intensificar as políticas públicas”, explicou.

A CEPRO também calculou, todos os meses, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), além do preço da cesta básica e quanto ela representou em relação ao salário mínimo. Outro boletim com publicação sistemática é a Conjuntura Econômica e Social do Piauí, divulgado trimestralmente.

Treinamentos de campo do Programa Estadual de Geração de Emprego e Renda – Progere – foram realizados pela Fundação CEPRO no primeiro semestre de 2017, com o objetivo de elaborar a linha de base do estudo de campo das comunidades rurais do Território de Desenvolvimento dos Cocais para a implementação do projeto.

Outra missão da Fundação CEPRO é a seleção e publicação de artigos científicos que deem subsídios para futuras políticas públicas voltadas ao desenvolvimento do Piauí, assim, foram publicados dois volumes da Revista Carta Cepro, uma edição especial com o levantamento dos 60 anos de Planejamento no estado, um resgate histórico do papel estratégico da Fun­dação CEPRO na produção de pesquisas e levantamentos, visando à implementação de políticas públicas, planos e programas de desenvolvimento, além de outro volume com artigos selecionados pelos conselheiros da revista.

 A Revista Carta Cepro é lançada semestralmente com artigos de diferentes temas. A publicação é estruturada com artigos técnico-científicos produzidos por estudiosos, especialistas e pesquisadores das diferentes áreas de conhecimento das Instituições de Pesquisa e Academias. Os mais de 40 volumes publicados da revista confirmam a contribuição da publicação na produção de conhecimentos, disponibilizando aos seus leitores, amplas e variadas informações no campo das pesquisas e ainda incentivando a elaboração de ensaios sobre o Piauí em diversificados temas.

Em parceria com a Fapepi, a CEPRO ainda lançou editais para bolsas de pesquisa, na modalidade de apoio técnico de nível superior, vinculadas as atividades de estudos e pesquisas objetivando a produção de informações, pesquisas e estudos para o desenvolvimento sustentável com inclusão social no Piauí. Com o ingresso de mestres e doutores no quadro de colaboradores, uma série de estudos e análises foi produzida e publicada.

Consultores, reconhecidos internacionalmente, foram contratados para a realização de estudos específicos do Piauí. No segundo semestre de 2017, Marcio Pochmann, doutor em Economia Social e do Trabalho e membro do Instituto de Economia da Unicamp, veio à Teresina para a primeira reunião com a equipe que realizará o Programa Desenvolvimento Econômico 2000/2015 – Balanço e Perspectivas, estudo que vai completar o Projeto de Desenvolvimento Social, já em execução, coordenado por Ricardo Paes de Barros, economista-chefe do Instituto Ayrton Senna, professor titular da  Cátedra Instituto Ayrton Senna, no Insper e coordenador do Núcleo Ciência para Educação do Centro de Políticas Públicas – CPP.

A ideia é que um expert, de projeção e respeito nacional, tanto na área acadêmica, como na área de políticas públicas, faça um balanço macro, do ponto de vista econômico e social, da evolução do Piauí no século XXI. “Os estudos nos dão uma visão mais objetiva da realidade, para não ficarmos somente no “achismo” e na polêmica partidarizada. Precisamos levantar os dados, pois, são muitas informações disponíveis e é necessária uma análise deste material. Em alguns aspectos a realidade evoluiu, melhorou e em outros aspectos não”, explicou Antonio José Medeiros.

Uma das cláusulas do convênio é a participação de técnicos do Piauí, sejam da CEPRO, ou das Universidades. A equipe deverá contar, também, com especialistas da Unicamp. O primeiro encontro já foi realizado e definiu o número de produtos a serem apresentados. A expectativa é que até o final de 2018 o estudo esteja pronto e publicado em edição bilíngue para divulgação. 

Nos dois últimos meses do ano a Fundação CEPRO divulgou o Produto Interno Bruto – PIB Estadual 2015. O PIB é uma medida do valor dos bens e serviços que o estado produz na agropecuária, indústria e serviços. O documento mostra a avaliação da atividade econômica e o nível de riqueza do Estado e também retrata o PIB per capita do Piauí.  “O PIB é um resultado do avanço da ciência econômica, da ciência administrativa, a chamada contabilidade social e nacional e nós, como CEPRO, participamos de uma articulação de todos os estados com o IBGE, que define a metodologia para este cálculo do PIB dos estados e dos municípios”, afirmou.

O relatório apresenta a taxa de crescimento do estado e como se comportou cada setor para que haja uma indicação de onde a política econômica precisa atuar, seja na agricultura, na indústria e nos setores de serviço. Apesar da crise que assola o Brasil, o PIB do Piauí de 2015 teve a menor queda do nordeste. Em valores correntes, o PIB foi de R$ 39.148 bilhões.

Também foram divulgados os resultados do Produto Interno Bruto dos Municípios do Piauí para o ano de  2015. O PIB Municipal possibilita a construção permanente de indicadores econômicos que dão subsídios para o planejamento e a definição política de desenvolvimento. O ranking dos cinco maiores PIBs por município, em 2015, apresenta Teresina em primeiro lugar, seguida de Parnaíba, Picos, Uruçuí e Floriano. O estudo destaca a desigualdade e a concentração de renda no Piauí e afirma que o modelo de crescimento por transferência de renda se esgotou, sugerindo que o novo caminho é o da produção e produtividade.

Quanto ao PIB per capita, Teresina ficou na oitava colocação com R$ 20.879,75. Os cinco primeiros municípios são: Baixa Grande do Ribeiro (49.866,93), Uruçuí (48.817,46), Ribeiro Gonçalves (34.285,13), Santa Filomena (33.063,41) e Bom Jesus (26.497,12).

Para encerrar o ano de muita produtividade, em dezembro foram publicados o Anuário Estatístico do Piauí 2016 e uma nota técnica com o estudo da compatibilização dos Territórios de Desenvolvimento com as gestões regionais para difundir informações que sirvam de subsídio para a melhoria do planejamento e da administração pública do Estado do Piauí.

 “Nós fizemos este mapeamento para ver aonde ainda há divergências e como avançar nesta compatibilização entre Territórios de Desenvolvimento e órgãos regionais de diversas secretarias que possuem gerências regionais”, concluiu Medeiros.

Para 2018 a CEPRO seguirá na sua linha de estudos e projetos que possibilitam análises e produção de conhecimento para a implementação de políticas públicas que corrijam distorções e proporcionem o desenvolvimento mais igualitário possível do Piauí. Também em 2018 será realizado concurso público para a Fundação nas áreas de estatística, informática, economia, ciências sociais, comunicação social e biblioteconomia.

 

 

 

Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais e Planejamento Participativo
© 2016. Todos os direitos reservados.