Emprego formal no Piauí cresce pelo segundo mês consecutivo, atingindo em fevereiro de 2008 a variação positiva de 0,08% no emprego com carteira assinada, sendo o terceiro Estado do Nordeste em expansão no mês. Os dados constam no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED).

Em fevereiro foram admitidos no Piauí 5.110 trabalhadores e demitidos 4.955, com saldo de 155 vínculos. Os setores que registraram mais contratações que desligamentos foram agropecuária (1%), construção civil (0,84%) e serviços (0,11%). Um fato interessante ocorreu no setor agropecuário cujo número de demissões no mês de janeiro provocou uma retração na área, registrando naquele mês um comportamento negativo de (-1,71%). De acordo com o economista de Fundação Centro de Pesquisas Econômicas e Sociais do Piauí (Cepro), Sebastião Carlos, a explicação para o crescimento das contratações na agropecuária agora está relacionada ao início do período chuvoso.

Outro setor que teve retração no mês anterior e cresceu em fevereiro foi a indústria de transformação. “As perdas de janeiro (-2,21%) foram compensadas pelo crescimento em fevereiro, resultando numa variação positiva de 0,05%”, disse o economista da Cepro.

As retrações no mês de fevereiro ocorreram nas áreas extrativa mineral (-0,37%), comércio (-0,34%) e administração pública (-0,01). Quanto ao comércio, o comportamento negativo ocorre pelo segundo mês consecutivo, fato esse, segundo Sebastião Carlos, “natural e esperado, diante do fim do efeito natalino.”

No ano, o crescimento do emprego formal no Estado já atinge o percentual é de 0,09% e nos últimos 12 meses (fevereiro/2007 a fevereiro/2008) a variação positiva é de 3,63%, refletida pelo saldo de 8.381 novos postos de trabalho. Nesse período os setores com maior variação positiva foram serviço industrial de utilidade pública (24,80%) e extrativismo mineral (10,02%).

Teresina

Na capital onde concentra o maior percentual do emprego formal no Estado, a variação em fevereiro foi negativa de 0,03%, com retração em cinco atividades econômicas: extrativa mineral (-3,41%), indústria de transformação (-0,11%), comércio (-0,35%), serviços (-0,07%) e administração pública (-0,03%).

Brasil

No país foram gerados 204.963 novos postos de trabalhos em fevereiro, registrando o crescimento de 0,70% em relação ao mês anterior. Os setores com maiores variações positivas no mês foram administração pública (2,84%), construção civil (1,75%) e agropecuária (1,67%).

Nordeste

Ao contrário do Piauí e do Brasil, no Nordeste, continua ocorrendo retração no emprego formal, registrando em fevereiro o comportamento negativo de -0,35%, com a demissão de 14.719 trabalhadores. Tal retração foi impulsionada pelos Estados do Ceará (-0,22%), Rio Grande do Norte (-0,99%), Pernambuco (-0,56%), Alagoas (-0,99%) e Paraíba (-2,39%). Nos quatro primeiros estados o comportamento negativo ocorre pelo segundo mês consecutivo.