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Cepro explica nova base de cálculo do PIB
15/11/2007 - 00:18:00  
  
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A Fundação Centro de Pesquisas Econômicas e Sociais do Piauí (Cepro) explicou nesta quarta-feira, 14, sobre os motivos da mudança do ano de 1985 para 2002 como referência para o cálculo do Produto Interno Bruto (PIB). Pesquisa essa divulgada anualmente com defasagem de dois anos pelo IBGE e órgãos de estatísticas estaduais.

Trata-se da atualização da série das Contas Nacionais e Regionais, normalmente compreendidas como a atualização dos pesos e das atividades econômicas adotadas no cálculo do PIB e de seus componentes a preços constantes de um determinado ano.

Diante disso, nos dias 26 de novembro e 21 de dezembro, a Cepro vai divulgar o PIB do Estado e dos municípios, referente ao ano de 2005, respectivamente; bem como, a revisão dos PIBs já divulgados a partir de 2002. “Isso porque, foi a partir desse ano que se obtiveram dados suficientes para uma metodologia homogênea em todos os estados depois da incorporação de nova classificação de bens e serviços e novas fontes de dados”, disse o presidente da Cepro, Oscar de Barros.

Ele informou que houve uma mudança para melhor, “pois mede com mais precisão a atividade econômica do país, seguindo recomendações do Sistema de Contas Nacionais da ONU, além de deixar de usar a extrapolação dos índices de volume e de preço.”

Para o diretor de estatísticas e indicadores sociais da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais do Estado da Bahia (SEI), Edmundo Figueroa, “Embora o PIB seja um indicador amplamente utilizado, não é trivial o domínio das suas especificidades. Nesse sentido, quem não conhece a sua metodologia, nem tampouco a sua necessidade imperiosa e a inevitabilidade das mudanças, mesmo com as conseqüências e o ônus imposto para tal procedimento, dificilmente irá entender que se trata única e exclusivamente de um processo meramente técnico e metodológico, não estando atrelado a nenhum outro tipo de motivação.”

A nova série das contas nacionais incorpora as seguintes mudanças:

Nova classificação de produtos e atividades integradas com a Classificação Nacional das Atividades Econômicas (CNAE), como por exemplo: correios sai da comunicação e vai para transporte; incorporação de serviços de informação como consultoria de hardware, processamento de dados e banco de dados que antes era tudo dentro de telecomunicações; alteração no método de mensuração da pecuária que passou a ser baseado no ciclo de vida dos animais; incorporação no cálculo dos valores do 3º setor (Ongs, igrejas, e clubes); dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2002-2003 como referência para o consumo das famílias; dados da Declaração de informações econômico-fiscais da Pessoa Jurídica para a construção das contas das empresas;

Desenvolvimento da metodologia de cálculo do consumo de capital fixo pelas administrações públicas e instituições privadas sem fins de lucro, tornando possível estimar seus valores de produção brutos.

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