*José Manuel Monteiro Rosa Simões Moedas
Administrador e Economista da Fundação CEPRO
Os reflexos do desempenho da economia brasileira verificam-se no primeiro trimestre do corrente ano, quando ocorreu uma retração de 0,9% no consumo das famílias em relação ao ano de 2014. A pior performance desde 2003.
O PIB recuou 1,6%. O país está em recessão. O desemprego avançou e os rendimentos das famílias apresentam-se em queda.
O maior mal que atormenta os brasileiros é a inflação, que em doze meses está em 8,2% segundo o IPCA, acima da meta estabelecida pelo Banco Central, que é de 6,5% a.a.
Fazendo uma breve análise de alguns itens inerentes ao consumidor brasileiro. Verifica-se que as tarifas de energia elétrica sofreram reajuste acima de 60%, de acordo com os últimos doze meses, assim como, os reajustes nos combustíveis. Assim como outros itens, por exemplo, as refeições em restaurantes sofreram incremento de 11% e os planos de saúde apresentaram crescimento de 10%.
Segundo pesquisas da consultoria Tendências, verifica-se que, 67% do orçamento doméstico das famílias brasileiras estão basicamente relacionadas com o consumo de bens e serviços e a outra parte de 33% está comprometida com pagamento de dívidas.
De modo geral, verifica-se que os brasileiros reduziram a ida ao supermercado e passaram a verificar com cautela os preços dos produtos.
Em resumo, nas palavras de Marco Antonio Giorgi, analista de mercado da empresa Nielson: “o brasileiro passou a comprar menos por impulso e a planejar mais a compra”.
Por fim, espera-se do governo central melhorias nas reformas fiscais e a população está na expectativa e atenta no desenrolar do momento delicado que passa a economia brasileira.