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Brasil: Desemprego sobe a 6,2 em março, maior nível em 4 anos
29/04/2015 - 09:52  
  
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Aumenta o numero de desempregados no Brasil


O desemprego brasileiro subiu pelo terceiro mês consecutivo e chegou a 6,2% em março, maior nível em três anos, diante do recorrente crescimento da procura por trabalho e demissões, com piora da renda ao mesmo tempo.

O resultado da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) divulgado nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ficou em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters, de 6,15%.

A taxa de desemprego do mês passado iguala a que foi registrada em março de 2012, e mostra maior esgotamento do mercado de trabalho após alcançar 5,9% em fevereiro e 5,3% em janeiro. Em março do ano passado, a taxa havia sido de 5,0%.

O cenário de maior procura por trabalho e menor criação de vagas ou demissões vem se repetindo desde o início do ano, em consonância com a deterioração da economia do país, refletindo as perspectivas de contração da atividade, em meio ao aperto monetário, esforços de ajuste fiscal e inflação alta.

Em março, segundo a PME, a população desocupada, que são as pessoas sem trabalhar mas à procura de uma oportunidade, subiu 5,3% na comparação mensal e avançou 23,1% sobre o ano anterior, chegando a 1,494 milhão de pessoas.

Já o corte de vagas no período ficou evidente na redução da população ocupada de 0,2% sobre fevereiro e na queda de 0,9% ante o mesmo período do ano anterior, chegando a 22,727 milhões de pessoas.

Somente o comércio, setor que nos últimos meses também passou a sofrer com a fraqueza econômica, registrou queda de 1,9% no número de vagas na comparação com fevereiro, ou 83 mil vagas a menos. Mas ainda teve saldo positivo, de 24 mil postos, na base anual.

Já a indústria, que padece há tempos com as dificuldades enfrentadas pelo país, embora tenha mostrado alta de 0,6% no número de vagas na comparação mensal, teve perda de 6,3% em comparação com março do ano passado, o que significa corte de 232 mil postos de trabalho.

O IBGE informou também que a renda média real perdeu 2,8% ante fevereiro e recuou 3,0% sobre um ano antes, a R$2.134,60.
Os números do IBGE vão de encontro aos dados do Ministério do Trabalho, que haviam mostrado um alívio no mercado de trabalho em março com a abertura de 19.282 vagas formais, interrompendo três meses seguidos de declínio.

No trimestre encerrado em fevereiro, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, que tem abrangência nacional e cujo objetivo é substituir a PME, a taxa de desemprego do país havia subido a 7,4%.


Fonte: Yahoo!Economia
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