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Custo de vida em Teresina inflaciona 0,93 em dezembro
04/02/2015 - 09:41  
  
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Inflação de 2014 ficou em 7,47

Ir ao supermercado ou comprar as roupas de natal no mês passado pesou significativamente no bolso do consumidor na cidade de Teresina. Situação um pouco diferente da registrada no mês de dezembro de 2013, quando o teresinense deparou-se com incrementos nos valores dos Serviços Pessoais realizados na cidade. Já neste último mês de dezembro, os dois grupos que mais inflacionaram o custo de vida na capital foram Alimentação e Vestuário. Já no acumulado do ano de 2014, em Teresina, a inflação registrada (7,47%) foi maior que a variação nacional (6,41%), embora os setores de maior peso inflacionário tivessem sido os mesmos: alimentação e habitação.
 
No mês de dezembro, no caso específico do grupo Alimentação, o crescimento de 1,67% esteve ligado, principalmente, nos aumentos de preços dos seguintes produtos: maracujá (13,43%), cebola (6,46%), feijão (2,62%), tomate (1,44%), carne bovina de 2ª (1,40%), arroz (1,03%) e frango (0,77%). Enquanto isso, no grupo Vestuário, que individualmente cresceu 1,09%, os maiores reajustes de preços se deram nos seguintes produtos: maiô e biquíni (3,63%); camisas (3,10%); saia (2,02%); vestido (1,38%); blusa (1,37%) e meias (1,17%).
 
“Tivemos um aumento inflacionário em setores de destaque no final do ano, isso porque a demanda nos produtos alimentícios neste período é bem maior que em outros meses por conta das festividades natalinas e das férias”, explica o economista Manoel Moedas, da Fundação CEPRO, órgão oficial responsável pelo cálculo do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) na cidade de Teresina.

Segundo ele, os demais grupos de estudo pesquisados, apesar de registrarem aumento no custo para o trabalhador teresinense, foram bem abaixo do que foi registrado nestes dois segmentos. São eles: Transportes (0,62%), Serviços Pessoais (0,61%), Habitação (0,38%), Artigos de Residência (0,14%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,09%).

 
Inflação em 2014 - O Índice de Preços ao Consumidor (Custo de Vida) calculado pela Fundação CEPRO para a cidade de Teresina, acumulou durante o ano de 2014 aumento médio de 7,47%, valor acima da média nacional. Segundo os pesquisadores, os produtos e/ou serviços que apresentaram altas mais significativas em 2014 foram: energia elétrica (24,93%), carne bovina de 2ª (16,81%), mensalidades escolares (8,65%), fogão à gás (7,95%), camisas (5,93%), pão (4,38%) e gasolina (3,92%).
 
De acordo com o economista Manoel Moedas, o destaque para o acumulado do ano de 2014 ficou com a energia elétrica, que aumentou 24,93%, onerando o bolso do trabalhador e gerando uma alta inesperada no setor de Habitação. “Esse reajuste ocorrido no segundo semestre do ano passado elevou um dos setores menos onerantes para o primeiro lugar do grupo de pesquisa dentre os que mais prejudicaram o bolso do teresinense e influenciou significativamente no cálculo final do IPC”, explica ele. Que completa: “É importante o consumidor se programar neste ano para novos reajustes nesse setor e fazer um controle de gastos e de uso da energia elétrica para não ser pego de surpresa”.


Queda - Foram registrados, ainda, os produtos que apresentaram quedas mais significativas em 2014: cd/dvd (23,97%), abacate (19,26%), farinha de mandioca (21,40%), ovos (7,70%), batata doce (4,41%), televisor (3,37%), tomate (3,92%) e água mineral (1,04%). “Temos aqui dois produtos que mostram claramente a política da demanda e da procura, pois a farinha de mandioca e o tomate chegaram a inflacionar mais de 60% nos anos de 2012 e 2013, e agora apresentaram quedas significativas nos seus valores, isso porque o consumidor se organizou e substituiu aqueles produtos em alta, isso gerou uma menor procura e resultou numa queda de preços”, analisa o economista Manoel Moedas. Segundo ele, a regra pode ser feita este ano para produtos como a carne bovina de 2ª e o pão, que apresentaram índices inflacionários relevantes.

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