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Superintendência CEPRO
Faturamento das exportações cresce 40% no Piauí
31/07/2007 - 00:10:02  
  
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No decorrer do 1º trimestre de 2007, o faturamento das exportações no Estado do Piauí alcançou US$ 13.828.899, acréscimo de 40, 09% em relação a igual período do ano anterior. Os dados foram divulgados pela Fundação Centro de Pesquisas Econômicas e Sociais do Piauí (Cepro), nesta terça-feira, 31, através do Boletim Analítico da Conjuntura Econômica, referente aos três primeiros meses deste ano, tendo como comparativo igual período de 2006.

Os produtos com maior participação foram ceras vegetais (57,64%); pilocarpina (12,26%); e castanha de caju (11,12%). Chama a atenção o valor agregado pela pilocarpina, uma substância extraída das folhas da planta de jaborandi, vegetal disponível somente no Brasil que, entre outras utilidades, é usada como colírio no tratamento de glaucoma. Para se ter uma idéia, no 1º trimestre de 2007, o Piauí faturou US$ 1.696.164 com a exportação de apenas 1,0 tonelada desse produto. Já com a exportação de 397 toneladas de castanha de caju o faturamento foi inferior, com o total de US$ 1.537.358.

Queda

Mel, camarão/lagosta e castanha de caju foram os produtos com maior percentual de diminuição do volume exportado, com relação a igual período do ano passado, com 70,92%; 53,71%; e 23,21%, respectivamente. O relatório revela que a queda nas exportações do mel foi provocada pelo embargo no mercado europeu, causado pela falta e atendimento aos requisitos solicitados pelos órgãos fitossanitários como treinamento de apicultores, financiamento e higienização no processo de produção.

Balança Comercial

Apesar de a balança comercial ter sofrido variação negativa de 50,56% este ano, comparando-se os períodos de janeiro a março de 2006 e 2007, o faturamento com as exportações foi US$ 2.716.596 superior ao valor das importações, nos três primeiros meses de 2007. Ou seja, mesmo o valor das importações tendo aumentado 153,89%, quase 04 vezes mais que o crescimento das exportações, em iguais períodos de 2006 e 2007, o Estado do Piauí continua exportando mais que importando, com superávit de 24,44% na balança comercial do 1º trimestre deste ano.

Importações

O Boletim Analítico da Conjuntura Econômica, referente aos três primeiros meses deste ano, revela que o valor das importações no Piauí quase triplicou, comparando-se com igual período de 2006. Os produtos com maior participação foram laminados e tubos de ferro/aço e alumínio (53,73%); couros e peles (15,73%); e máquinas/ferramentas e acessórios (15,05%).

O presidente da Fundação Cepro, Oscar de Barros, destaca que as importações de laminados e tubos de ferro, aço e alumínio, além de máquinas e ferramentas significa que “o setor produtivo do Piauí está em expansão, abrindo condições para números mais promissores no futuro.”

Demais setores

Outros dados da Conjuntura Econômica de 2007 referem-se à Agricultura; Indústria; Comércio; Índice de Preço ao Consumidor (IPC); Serviços de Energia Elétrica; Serviços de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário; Transporte; Finanças Públicas, Previdência Social e Emprego Formal.

A produção de grãos estimada para o ano de 2007, segundo o IBGE, deverá ter um decréscimo de 12,1% sobre a de 2006, passando de 1.064.371t para 935.647t. Desempenho atribuído a estiagens prolongadas (levando as culturas que compõem o grupo das oleaginosas, o qual representa mais de 50% da produção total de grãos do Estado, reduzirem a área plantada em 2,4% em relação à safra de 2006) e perda nos índices de produtividade. Tem destaque nessa queda de produtividade a soja que deverá ter produção de 484,4 mil toneladas, 11% inferior à safra do ano passado. Mesmo assim, a colheita deste ano será cinco vezes superior a produção de 2002, registrada pelo IBGE que foi de 91.014 toneladas.

Merece destaque a mamona, principal matéria-prima para a produção do biodiesel, cuja área plantada cresceu 27% em relação à safra anterior, devendo ultrapassar 7,8 mil toneladas produzidas. 38,2% a mais de em 2006, de acordo com o relatório, contribuindo para gerar emprego e renda, além de fixar o homem no campo, levando em consideração o caráter auto-sustentável dessa cultura, que nasce com mercado consumidor garantido para seus produtores.

Em relação ao consumo de cimento na indústria da construção civil do Nordeste (1.710.196t), o Piauí participou com 4,90% nesse primeiro trimestre de 2007, a maior em âmbito regional. Já o consumo de energia elétrica foi 4,3% maior que em igual período de 2006, com o consumo acumulado de 402.625MWh. Quanto aos serviços e abastecimento de água e número de ligações, também houve crescimento de 4,22% e 4,11%, respectivamente.

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) sobre emprego formal indicam um decréscimo de 0,19%, com a desativação de 433 postos de trabalho, sendo que o mês de janeiro deste ano foi o único do trimestre a apresentar saldo positivo quanto ao número de empregos, com 69 vagas a mais que em janeiro de 2006. Apesar do saldo trimestral negativo, os números de CAGED registram expansão de 3,01% no estoque de empregos celetistas nos últimos 12 meses no Piauí, o que significou a abertura de 6.633 postos de trabalho no Estado.

Nas finanças públicas, o Estado apresentou um incremento de 8,33% quanto à arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), verificando-se o destaque do setor terciário em termos de valor arrecadado por setor de atividade, com R$242.326.851,90 de arrecadação.

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