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Superintendência CEPRO
Custo com transporte representa 18% do salário mínimo
12/07/2007 - 00:11:16  
  
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Técnicos da Fundação Centro de Pesquisas Econômicas e Sociais (Cepro) avaliaram o impacto do aumento da passagem do transporte coletivo em Teresina, divulgado essa semana pela Superintendência de Trânsito da capital (Strans). Eles informaram que o acréscimo de R$ 1,50 para R$ 1,60 representa quase o triplo da variação do aumento real do salário mínimo que foi de apenas 2,27%, considerando o Índice de Preço ao Consumidor na capital de 6,30% em 2006.

Para se chegar ao índice de 18% de comprometimento do salário mínimo que está em R$380,00, o economista da Cepro Sebastião Carlos considerou  a massa de trabalhadores de Teresina formada por servidores públicos e comerciários que pegam duas conduções (ida e volta) por dia de trabalho em média. “Isso representa R$66,00 ao final do mês ou 17,4% do salário mínimo com o atual preço de R$1,50. Este valor sobe para R$ 70,40 com o custo da passagem aumentado para R$1,60, representando uma proporção de 18,5% no salário”, disse.

Cesta básica e transporte

Em maio deste ano, a cesta básica custou ao teresinense R$ 138,63, representando uma proporção de 36%. “Se o custo com transporte ficará em R$70,40, concluímos que a participação da cesta e do transporte representarão 53,4% do salário médio do trabalhador. Se esta tendência permanecer, no curto prazo, o trabalhador teresinense irá trabalhar apenas para comer e pagar passagem de ônibus”, comentou o economista.

Sebastião Carlos observou que essa análise não considera o gasto que as famílias têm com o transporte estudantil, pois os jovens estudantes não possuem renda em sua maioria, mas são usuários do transporte coletivo. De acordo com ele, se isso fosse considerado, a participação do gasto com transporte sairia de uma média de 18,5% para 27% do salário mínimo para apenas um estudante por trabalhador.

Custo de Vida

Em relação ao impacto sobre o próprio índice de “custo de vida” do teresinense, o gerente de estatística e informação da Cepro, Elias Barbosa falou que, além do transporte coletivo, a renda da população já está sendo comprometida com o reajuste na tarifa de água e esgoto, em vigor no mês de junho e ficará também comprometida com a promessa de aumento nas tarifas energia elétrica, previsto para o mês de agosto.

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