“O Piauí pode não ser o estado do futuro, mas, com certeza, é um estado de futuro”. Foi com essa afirmação que o superintendente da Fundação Cepro, Raimundo Filho, abriu a solenidade de divulgação do Produto Interno Bruto do Piauí (PIB), que alcançou o montante de R$19.033 bilhões no ano de 2009, ocupando a 23ª posição entre as 27 unidades da federação. O PIB da economia brasileira teve, em 2009, queda de -0,3% em relação ao ano de 2008 (5,2%), por conta da crise econômica iniciada em 2007. No Piauí, o crescimento foi de 6,2% em 2009 em relação ao ano anterior, sendo a segunda maior taxa de crescimento verificada entre todos os estados da federação nesse período. O estudo é uma parceria entre o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístico (IBGE) e a Fundação Cepro.
“Ainda estamos muito aquém do que almejamos. Entretanto, caminhamos bem nos primeiros anos deste século. E nós não podemos nos acomodar, pois estamos indo no caminho certo. Os números comprovam isso", disse o superintendente. Além do presidente da Fundação Cepro, compuseram a mesa de honra a coordenadora dos estudos do PIB na Cepro, Joana D’arc, e o supervisor de informações do IBGE Piauí, Pedro Soares. “O setor público é responsável por um quarto da economia do Piauí, isso é muito preocupante. O nosso estado vem crescendo graças aos bons governos que vem se instalando nos últimos anos”, disse o supervisor.
As medidas monetárias e fiscais adotadas pelo governo brasileiro para atenuar as conseqüências da crise econômica mundial, principalmente pela diminuição de impostos e estímulo ao consumo das famílias, surtiram efeitos, sobretudo em economias pequenas como a do Piauí. De 2002 a 2009, o estado foi o 4º maior crescimento em volume (46,4%) do país e o maior crescimento na Região Nordeste, no mesmo período. Os setores com maior crescimento foram: atividades industriais (12,9%) e serviços (5,4%). Já segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), em 2009, o Estado obteve um saldo de 12.727 novos empregos contra 11.324 em 2008.
Em 2009, o Setor mais dinâmico da economia foi o Industrial (Industria Extrativa, Industria de Transformação, Serviços Industriais de Utilidade Publica (SIUP) e Construção Civil) que representou 16,98% da economia estadual e cresceu a uma taxa de 12,9% em termos reais, impulsionado pelos resultados da industria da transformação que cresceu 22% em 2009, passando a representar 43% do setor industrial do Estado. O destaque da transformação foram os gêneros alimentícios, minerais não metálicos e couros. Os setores de produção, distribuição de eletricidade, gás, água e esgoto e limpeza urbana e construção civil também cresceram 6,2% e 6,7%, respectivamente. A construção civil sofreu forte influencia dos programas habitacionais concluídos e em execução no Estado. A extrativa mineral em 2009 experimentou retração da atividade da ordem de 10%.
O setor de serviços, por sua vez, cresceu 5,4%. A atividade de comercio e serviços de manutenção e reparação cresceu no período 6,9%, destacando-se o comercio varejista de veículos e motocicletas que cresceu no período 29%, seguido do comércio de produtos alimentícios com crescimento de 13%. Contribuíram ainda para o crescimento do setor de serviços as atividades de aluguel (3,4%), Administração Pública - (3,5%), financeiro (24,6%), alojamento (5,7%), alimentação (7,4%), serviços prestados às empresas (13,7%), serviços prestados às famílias (6,4%), saúde e educação (2,5%) e serviços domésticos (15,5%).
Veja os valores do PIB de 2003 a 2009
PIB 2003- 8,7 bilhões
PIB 2004- 9,8 bilhões
PIB 2005- 11,1 bilhões
PIB 2006- 12,7 bilhões
PIB 2007- 14,1 bilhões
PIB 2008- R$ 14,9 bilhões
PIB 2009 – R$ 19,0 bilhões
