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IPC registra menor crescimento em três décadas
26/04/2007 - 00:14:30  
  
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O Índice de Preço ao Consumidor de Teresina cresceu 6,3% em 2006, relacionado ao mesmo período do ano passado, registrando o menor índice em 28 anos. Os dados foram divulgados pela Fundação Centro de Pesquisas Econômicas e Sociais do Piauí (Cepro), na manhã de sexta-feira, 27, e fazem parte do Boletim Analítico da Conjuntura Econômica, referente ao ano de 2006, tendo como comparativo o ano de 2005.

De acordo com o presidente da Fundação, Oscar de Barros, esse dado reflete o bom desempenho do Governo Federal no controle do ato inflacionário. “Renomados economistas apontam o controle da inflação como essencial no processo do desenvolvimento, ou seja, a estabilidade por si só permite que o crescimento flua naturalmente, sem muita interferência do governo na economia”, comentou.

Outros dados da Conjuntura Econômica de 2006 referem-se à agricultura, indústria, comércio, serviços de energia elétrica, transporte aéreo, finanças públicas, comércio exterior, previdência social e emprego formal. O documento apresenta incremento em quase todas as áreas, com destaque para a expansão do comércio quanto ao volume de vendas no varejo o qual cresceu 19,18% com relação a 2005, superior à variação nacional, que foi de 6,45%, e o segundo melhor desempenho do Nordeste, ficando atrás apenas do Maranhão.

Com relação à indústria no segmento construção civil, analisada quanto ao consumo de cimento, apesar de representar apenas 4,93% do consumo regional em 2006, o Piauí teve a maior variação anual entre os Estados do Nordeste, com crescimento de 22,15%.

Já o consumo de energia elétrica foi 2,8% maior que em 2005. Mas, embora o Estado tenha consumido 1.628.074MWh e o incremento de consumidores por classe atingir o índice de 6%, esse crescimento apresentou desvio de 3,2% em relação ao valor previsto, devido a vários fatores, entre eles, atraso na conclusão de algumas obras.

Os setores que mais se destacaram na geração de empregos em 2006 foram o comércio e os serviços, sendo que o saldo de admissões e desligamentos foi de 7.540 vagas, significando um crescimento de 3,44% no ano, superior a 2005 que foi de 6.562 novos postos de trabalho.

Nas finanças públicas, o Estado apresentou um incremento de 18,8% quanto à arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), superando o crescimento do Fundo de Participação do Estado (FPE) que foi de 10,67%. É importante destacar que, apesar de o FPE ter sido superior ao ICMS, R$ 1.217.809.866,33 e R$ 1.071.984.964,12, respectivamente, o ICMS superou o FPE nos meses de setembro, outubro e novembro.

Segundo Oscar de Barros esse crescimento é resultado de uma operação na Secretaria Estadual da Fazenda de reorganização e reaparelhamento do setor e, conseqüentemente, da política fiscal implementada pelo Governo do Piauí. “Se continuarmos nesse ritmo, ou seja, o volume da arrecadação do ICMS crescendo mais que o montante do FPE, o Estado poderá se tornar independente dos recursos federais e assim ter maior controle das suas finanças.”

A produção de grãos cresceu 1,6%, sendo a soja responsável por 51,5% da produção total em 2006. A exportação foi a única área que teve decréscimo em 2006, com índice de 19,66%, ocasionado por fatores como a queda nos preços da soja no mercado internacional e a política cambial do Governo Federal com a valorização do real perante o dólar.

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