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Interior do Piauí enriquece e aumenta participação no PIB
19/12/2007 - 00:12:43  
  
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Municípios do interior ficaram mais ricos, aumentando sua participação no PIB do Piauí, enquanto a dependência de Teresina do poder público, como fator gerador de riquezas, diminuiu. Esses são dados do PIB Municipal 2005, divulgados às 9h30 desta quarta-feira (19), no auditório da Secretaria do Planejamento do Estado, pela Fundação Centro de Pesquisas Econômicas e Sociais do Piauí (Cepro) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os números foram divulgados pelo presidente da Fundação Cepro, Oscar de Barros; pela economista Joana D’arc Fortes Portela Barbosa, uma das responsáveis pelos cálculos; e o supervisor de Informações do IBGE, Pedro Soares.

O secretário do Planejamento, Sérgio Miranda, compareceu ao auditório no início da divulgação, mas desculpando-se, saiu para a Assembléia Legislativa para acompanhar a votação de projeto de lei de interesse do Estado. Antes de sair, afirmou que o PIB Municipal complementa os dados sobre o PIB do Piauí, divulgado no dia 26 de novembro.

Em 2005, segundo a Cepro e o IBGE, que trabalham em parceria, os municípios de Teresina, Parnaíba, Picos, Floriano e Piripiri responderam por 58,67% de toda a produção de bens e serviços, correspondentes ao Produto Interno Bruto (PIB) do Estado.

Teresina aumenta participação no PIB

Teresina respondeu por 47,15%, quebrando uma tendência de redução na participação da capital no PIB Estadual pela primeira vez, desde 2002. Naquele ano, a participação de Teresina equivalia a 50,27% do PIB do Piauí. Em 2003, caiu para 48,98%, chegando a 45,8% em 2004. Segundo Oscar de Barros, é preciso esperar a divulgação do PIB 2006 para confirmar a tendência anterior.

Em 2005, Teresina produziu riquezas calculadas em pouco mais de R$ 5,245 bilhões, enquanto o segundo município mais rico, Parnaíba, produziu R$ 498,136 milhões. Em seguida, vêm Picos (R$ 375,152 milhões), Floriano (R$ 253,687 milhões) e Piripiri (R$ 154,637 milhões).

Segundo os dados, 75,82% do PIB de Teresina estão representados pelo setor de Serviços, principalmente o comércio, administração pública, atividades imobiliárias, saúde e educação. A atividade industrial representa 23,22%, com destaque para a produção de cervejas e refrigerantes.

O setor Agropecuário representa apenas 0,95%, embora a pecuária se destaque principalmente com relação à avicultura. Em 2005, Teresina produziu mais de 2,101 milhões de aves, caracterizando a capital como a maior produtora de aves do Piauí. Os números também destacam a indústria da construção civil.

Municípios mais ricos

Na segunda maior economia do Piauí, Parnaíba, que teve 4,48% de participação no PIB do Piauí, em 2005, o destaque é também para os serviços, especialmente o comércio e a administração pública.

A terceiro mais rico município piauiense, Picos, tem 79,46% de sua economia concentrada no setor de Serviços (79,46%). A agropecuária responde por 3,35% da economia municipal. Depois de Teresina, o comércio picoense é o que mais agrega valor à economia do município, com destaque para o atacado, principalmente comercialização de bebidas alcoólicas e gêneros alimentícios. O destaque da produção agropecuária é o mel, o que faz de Picos o maior produtor estadual.

PIB per capita

Os cinco maiores municípios, por PIB per capita anual, em 2005, são Fronteiras (R$ 9,593 mil) Ribeiro Gonçalves (R$ 9,567 mil), Antônio Almeida (R$ 8,375 mil), Uruçuí (R$ 8,097 mil) e Baixa Grande do Ribeira (R$ 8,054 mil).

O destaque para Fronteira é a produção industrial de cimento. Ribeiro Gonçalves se destaca pela produção de grãos dos cerrados. Apesar da economia de Antônio Almeida ser pouco expressiva, segundo a Cepro e o IBGE, sua baixa concentração populacional explica a posição do município no ranking

Teresina detém a 8ª posição no ranking, com PIB per capita de R$ 6.650,49 em 2005. A posição da capital vem caindo ao longo dos anos. Mas, segundo os analistas, isso não significa que a cidade está ficando mais pobre. Ao contrário, o PIB da capital vem crescendo, ao longo dos anos, de R$ 3,7 bilhões em 2002, para R$ 4,2 bilhões em 2003, e R$ 4,4 bilhões em 2004. O que está acontecendo é o enriquecimento do interior e isso é bom para o Piauí.

Dentre os demais municípios brasileiros, Teresina é a 58ª economia, mas é a 20ª maior dentre as capitais e está na 27ª posição no ranking das capitais com relação ao PIB per capita, portanto, a última posição.

Municípios com menor PIB

Os cinco municípios piauienses com menor geração de riquezas, em 2005, são Santo Antônio dos Milagres (R$ 3,499 milhões), São Miguel da Baixa Grande (R$ 3,800 milhões), São Luís do Piauí (R$ 4,671 milhões), Olho d’Água do Piauí (R$ 4,712 milhões) e Lagoinha do Piauí (R$ 4,896 milhões). Segundo a Cepro, essas cidades dependem mais da administração pública e respondem por 0,19% do PIB do Estado. Segundo a Cepro e o IBGE, dos cinco municípios brasileiros mais pobres, quatro são do Piauí.

Os municípios com menor PIB per capita são Guaribas (R$ 1,314 milhão) São João do Arraial (R$ 1,442 milhão), Milton Brandão (R$ 1,471 milhão), Dom Inocêncio (R$ 1,479 milhão) e Várzea Branca (R$ 1,493 milhão). São municípios com economia frágil fundamentada na administração pública, totalmente dependentes de transferências constitucionais.

Em 2005, apenas Caldeirão do Piauí teve mudança expressiva de atividade econômica. Se em 2004 a Agropecuária respondia por 52,3% da atividade econômica, com os Serviços ficando com 43,6%, em 2005 a Agropecuária representava 33,7% e Serviços, 61%. A mudança decorre de perdas da safra.

Por outro lado, os municípios que obtiveram melhor desempenho, quanto à representatividade na economia estadual, foram Assunção do Piauí, Jurema, Flores do Piauí e Canavieira.

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